Brasil é atraente em energias renováveis


O Brasil é o nono país mais atrativo para investimentos em energia renovável, é o que indica a nova edição do Renewable Energy Country Attractiveness Index, ranking da EY que analisa o mercado de fontes limpas em 40 países. Depois de subir ao top 10 pela primeira vez na última edição do levantamento trimestral, o Brasil conquista mais uma colocação e se consolida como um dos principais destinos de investimentos do mundo.

De acordo com o levantamento, China é a primeira colocada do ranking, seguida por Estados Unidos, Alemanha e Japão. Atualmente, o Brasil é o segundo colocado em atratividade hidrelétrica (principal matriz energética nacional), quarto em potencial para biomassa, sexto para energia eólica em terra e nono para energia solar.

Mário Lima, diretor de Consultoria em Sustentabilidade da EY, acredita que o governo brasileiro teve que mudar sua estratégia em relação à energia solar após a crise enfrentada com a geração hídrica, em razão da seca que castiga a região Sudeste há mais de dois anos. Os dois leilões de energia previstos para este ano ajudaram o Brasil a galgar a nona posição no ranking.

Em junho, o Brasil foi o primeiro país a sediar um jogo de Copa do Mundo alimentado exclusivamente por energia solar, no Mineirão. A expectativa, segundo análise da EY, é que o potencial da energia solar no Brasil, somado aos incentivos governamentais, atraia incentivos para o setor. Em outubro será realizado o primeiro leilão exclusivo de energia solar, com expectativa de viabilizar até 10 GW de energia.

Segundo Lima, ainda é difícil investir no País, pois existem barreiras burocráticas e imprevisibilidade na regulamentação. Apesar disso, empreendedores devem instalar usinas solares em parques eólicos existentes a fim de reduzir custos operacionais. “A tendência é que com os investimentos feitos pelo governo, o preço da energia solar caia pela metade em quatro ou cinco anos”, afirma. O diretor ainda ressalta que por permitir uma instalação mais rápida, a energia solar passou a ser vista como principal alternativa no Brasil.

A exigência elevada em porcentagem de conteúdo local para a concessão de financiamentos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) é um grande obstáculo para o desenvolvimento da energia eólica. Esse e outros gargalos logísticos terão que ser resolvidos para acomodar a geração de 22.4GW esperadas até 2023, visto que atualmente o País dispõe de apenas 3.5GW de capacidade instalada.


Seguem os 20 primeiros colocados do ranking:

1.    China

2.    Estados Unidos

3.    Alemanha

4.    Japão

5.    Canadá

6.     Índia

7.    Reino Unido

8.    França

9.    Brasil

10.  Austrália

11.  Coreia do Sul

12.  Chile

13.  Holanda

14.  Bélgica

15.  Itália

16.  África do Sul

17.  Dinamarca

18.  Portugal

19.  Turquia

20.  Tailândia


 

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