Alemães anunciam novo diagnóstico para Alzheimer


Um grupo de cientistas alemães da Universidade de Leipzig anunciou a descoberta de um novo método para diagnosticar o mal de Alzheimer, doença degenerativa que causa a perda de memória, antes mesmo que o paciente apresente os primeiros sintomas.



Segundo a equipe, pelo menos dez anos antes do aparecimento dos primeiros indícios de confusão mental e perda de memória, se inicia o depósito de proteínas, chamadas placas beta-amiloides, no tecido cerebral.



Com o desenvolvimento de duas substâncias capazes de reconhecer alterações do tecido cerebral, os pesquisadores chegaram a um novo produto farmacêutico de baixa radiação, que permite a visualização dessas placas por meio de uma tomografia especial, por emissão pósitrons (tecnologia que permite visualizar em detalhe o funcionamento do cérebro).



Durante apresentação no 50º Congresso da Sociedade Alemã de Medicina Nuclear, o diretor da Clínica e Policlínica de Medicina Nuclear da Universidade de Leipzig e dirigente do grupo de pesquisa, Osama Sabri, anunciou que o método “representa uma significativa melhoria na identificação do Alzheimer, capaz de propiciar um reconhecimento muito precoce da doença e sua diferenciação de outras formas de demência”.



Do ponto de vista científico, o procedimento foi recebido com entusiasmo pela comunidade presente no Congresso, mas os organizadores da cúpula defendem que sua aplicação não altera significativamente o tratamento efetivo contra a doença, uma vez que não existe cura para o Alzheimer, apenas terapias que retardam seus efeitos.



Atualmente, a equipe está trabalhando em um estudo que envolve o uso de outra substância em 20 pacientes que sofrem da doença em fase inicial. O objetivo é reconhecer alterações de determinados receptores no cérebro, provocadas pela mesma proteína.



De acordo com Sabri, o método de diagnóstico criado por ele e sua equipe estará presente no mercado até o final deste ano.

Wikimedia Commons
Wikimedia Commons