Do mundo virtual para a vida real

Imagine um turista chegando ao Brasil, em 2014, para assistir a Copa do Mundo. Ao descer do avião, poderá visualizar no seu Iphone informações sobre o aeroporto em que se encontra e como chegar ao seu destino. Passeando no Cristo Redentor, por exemplo, aponta a câmera do aparelho para o monumento e, na tela, surgem mais informações e curiosidades. Da mesma forma, diante de um estádio de futebol, ele poderá ter acesso à programação dos jogos do mundial somente direcionando o Iphone para o local. Esse guia virtual a partir de imagens diretas e reais é algo que já está ao nosso alcance, ao menos no que diz respeito à tecnologia – a Realidade Aumentada (RA).


O projeto “Brasil Aumentado” para a Copa de 2014 é um dos exemplos do que a RA pode oferecer e está desenvolvido pela Absolut Technologies, empresa do engenheiro alemão, Hans Ulmer, com sede na Bahia. O recurso pode ser aplicado, por exemplo, nos setores imobiliário e automobilístico. O empresário cita um case de utilização em concessionárias para venda de acessórios (video abaixo). 


“Em vez de  de o vendedor simplesmente falar quais produtos existem, ele projeta o seu carro na tela, com um target na roda, e no monitor é feita a escolha do que comprar”, explica. A vantagem é que o consumidor pode visualizar no próprio automóvel e no seu ambiente como será o resultado final. Ulmer acredita que essa é a tendência para a RA.


Novos caminhos


“A Realidade Aumentada é um recurso que cria, em tempo real, um ambiente dentro do mundo virtual, que combinando elementos reais capturados por uma webcam com elementos virtuais produzidos no computador”, define o designer Charles Steiman, da empresa Steiman Knorr Designers Associados, do Rio de Janeiro. Mas ele mesmo ressalta que nenhuma explicação dá a dimensão do que é a RA. “Experimentar, esta é a chave”, afirma.


O escritório de Steiman aplica a RA em projetos de comunicação e design, e já desenvolveu ações para clientes como Federação das Indústrias do Rio de Janeiro, Fiocruz e Fundação Konrad Adenauer. As possibilidades de aplicações são diversas. “Desde a fixação de uma marca, um teaser, branding ou até mesmo na ampliação de uma informação”. A RA está caindo nas graças do mercado publicitário e muitas empresas já começam a utilizá-la em anúncios ou ações de marketing.


Para Steiman, embora o recurso não seja “novíssimo”, a tecnologia se desenvolve e caminha rapidamente. Com parceiros de design e comunicação visual em Hamburgo e Munique, ele acredita que o Brasil está acompanhando as tendências mundiais. “Os brasileiros são muito impressionáveis pela ‘última moda’ ou pela mais nova tecnologia”, comenta.


 


Confira o video de uma experiência com RA no mercado automobilístico:


Cammeraydave I Dreamstime.com
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