Balluff Brasil discute a 4ª Revolução Industrial

balluffImaginar uma fábrica na qual tudo segue como planejado parece um sonho, como, por exemplo: os processos sendo operados dentro dos limites controlados, a variação eliminada, cada produto final com o mesmo padrão e nenhuma matéria prima desperdiçada. Mas tudo isso já caminha para uma realidade que não está longe de acontecer, caso a Indústria 4.0 faça jus ao seu potencial.

Pensando no Brasil, essa nova realidade ainda gera mais expectativas e interrogações como:  o País está inserido e preparado para absorver as mudanças que o mundo exige no mercado? Essas mudanças tão importantes chegam ao setor fabril, consolidando avanços em sensores e comunicações já em uso e engloba conceitos como a Internet das Coisas (IoT), a comunicação de máquina a máquina (M2M) e computação em nuvem, entre outros conceitos de conexão entre máquinas e sistemas.

Pensando em discutir essa e outras temáticas, a Balluff realizou recentemente em Vinhedo o Seminário Internacional Indústria 4.0. Para Adriana da Silva, presidente da Balluff no Brasil, estamos vivenciando um momento de decisão. “Ou o Brasil avança, ou ficaremos à margem dessa revolução industrial que traz uma quantidade de informação e novas estratégias de inovação, com pessoas, pesquisas e tecnologia. A Indústria 4.0 impõem um novo olhar para a formação profissional e estamos aqui para compartilhar conhecimentos e experiências.”.

A Formação Profissional 4.0
Durante o seminário, os professores Rodrigo Filev Maia, da FEI, Osvaldo Lahos Maia, do Senai São Paulo e Ari Costa, do Instituto Mauá de Tecnologia, falaram sobre as dificuldades do mercado em formar profissionais habilitados dentro dessa nova realidade.
“O fator limitante neste momento não é a tecnologia. São as pessoas. O impacto dessa nova revolução, segundo estudos do Fórum Econômico de Davos, na Suíça, é a integração de tecnologias com segurança e formação de pessoas com inteligência contextual, emocional, inspirada e física”, destaca Rodrigo Filev Maia.

Já o professor do Senai São Paulo destacou o novo perfil do profissional da Indústria 4.0: “Estudos mostram que 61% das crianças que estão ingressando hoje no Ensino Fundamental vão trabalhar em profissões que ainda não existem. Por isso, é preciso diversificar os talentos com times de trabalho, alavancar regimes de trabalho flexíveis, repensar os sistemas educacionais e promover um aprendizado ao longo da vida”.

O professor do Instituto Mauá de Tecnologia, falou sobre a formação de competência para a Indústria 4.0. “Estamos em um momento no qual o conhecimento gerado é duplicado em poucos meses. E o Brasil não possui nenhum programa ou uma estratégia para as instituições de ensino e empresas avançarem. O que existe são fóruns colaborativos e as mudanças estão sendo baseadas nas exigências do mercado”, reforça.

Para Márcio Santos, da Siemens, o mundo empresarial passa por um processo evolutivo e chegará em um momento em que o consumidor vai determinar o que a fábrica irá produzir, como e quando irá produzir. “As manufaturas devem ser flexíveis e o termo mais usado agora será colaboração entre as várias ferramentas”, ressalta.

De olho na comunicação inteligente e multifuncional
}O grande destaque do evento foi a presença internacional do fomentador da Indústria 4.0 na Balluff e membro do Consórcio IO-Link, Dr. Elmar Büchler, que apresentou os benefícios da tecnologia IO-Link nas empresas e falou sobre como promover uma comunicação inteligente e multifuncional. “O importante é trabalhar colaborativamente porque nenhuma empresa está desenvolvendo sozinha a indústria 4.0 e os desafios principais são de flexibilidade e eficiência.

Büchler também falou sobre o sistema IO-Link. “Podemos fazer uma comparação: IO-Link é como a interface USB no computador. Antes era preciso ter vários cabos, para impressora, para teclado. A ideia aqui é a mesma. Podemos conectar vários dispositivos de segurança, de várias empresas e com vários sistemas”, enfatiza. Atualmente, diz, são 145 empresas suportando o IO-Link e oferecendo mais de 4 mil dispositivos que usam o sistema e que podem conectar o IO-Link em qualquer outro sistema porque existem várias possibilidades. “Tudo é muito simples. Podemos usar apenas um cabo de três fios blindados”, comenta.

Foto: Divulgação Balluff