A indústria do futuro é tema de simpósio

Muito se fala da quarta revolução industrial, que levaria à Indústria 4.0, um novo nível de organização e controle na cadeia de produção de valor agregado. A base é a disponibilidade de todas as informações relevantes em tempo real, obtidas por meio da interconexão de todos os participantes da cadeia de valor agregado.

O assunto foi discutido na palestra “Indústria 4.0: uma revolução industrial na Alemanha?”, pelo Prof. Dr. Engenheiro Ulrich Epple, da RWTH Aachen (Universidade Técnica da Renânia do Norte-Vestfália em Aquisgrão) no “IV Simpósio Internacional – Excelência em Produção: A Indústria do Futuro”, que apresentou o que há de mais moderno no mundo da produção e o que ainda está por vir.

Segundo Epple, estamos hoje na terceira revolução industrial, que introduziu os processos automatizados. A quarta diz respeito à combinação do mundo cibernético com as pessoas, máquinas e serviços. Ele acrescentou ainda que não é possível saber como será a indústria do futuro, já que não existe uma versão consolidada de como será a produção industrial daqui a 10 ou 20 anos.

“Trata-se de uma ruptura que pode mudar verticalmente a situação da indústria. É preciso estar preparado para o que vem a seguir, robotizar, criar sistemas que possam dominar esse processo. A meta é evitar uma revolução disruptiva, adaptando processos de negócios de forma a não ficarem para trás”, explica Epple.

Ele diz ainda que no momento não há nenhum modelo pronto de indústria 4.0 na Alemanha e que ainda estão em fase de desenvolvimento. “O futuro da indústria de produção inclui novos players, novos processos de negócios, big data, cloud computing, fábricas digitais e sistemas cyber físicos. As cadeias precisam poder ser modificadas facilmente de forma modular, de acordo com o produto a ser produzido”.

Epple finaliza destacando que a indústria 4.0 estará em uma plataforma de serviços abrangente para acompanhar o produto até seu destino final, mas essa plataforma ainda precisa ser criada. “Isso tudo pode parecer muito distante para nossa realidade brasileira, mas precisamos estar de olhos abertos para entender como isso irá funcionar e nos adequar com rapidez, já que o tempo de aplicação da inovação na indústria tende a ser cada vez menor”, fecha o presidente da VDI-Brasil, Christian Müller.

Divulgação VDI-Brasil
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