Porto Seguro faz parceria com Casa do Pequeno Cientista

O Colégio Visconde de Porto Seguro anunciou que fechou uma parceria com a Fundação Casa do Pequeno Cientista, da Alemanha, que desenvolve um currículo de experiências lúdicas para criança de até 6 anos.

Segundo informações do colégio, a fundação conta com o apoio do governo alemão e está em mais da metade das instituições de Ensino Infantil do país europeu: das 52 mil escolinhas federais, 28 mil já aplicam, no dia a dia, as aulas e experiências formuladas pela organização. Todas elas feitas com objetivos do cotidiano, materiais simples de papelaria ou sucata.

Ainda de acordo com a instituição de ensino, devido ao sucesso, países como Austrália, Áustria, Holanda, México e Tailândia também aderiram ao programa da Casa do Pequeno Cientista.

“O motor de nosso trabalho é a alegria de conhecer ao experimentar”, explica Melanie Mengel, coordenadora internacional da Fundação Casa do Pequeno Cientista, que esteve no Colégio Visconde de Porto Seguro para ministrar um workshop de preparação de 20 professores do Ensino Infantil em janeiro.

Para Silmara Casadei, diretora geral pedagógica do colégio, o pensamento científico é a base de um raciocínio que pode ser usado em outras áreas na escola e depois pela vida toda: “O ciclo da ciência tem como nascente o ato de perguntar, e a curiosidade é o principal movimento da criança ao querer conhecer o mundo”, diz.

Sobre a Fundação Casa do Pequeno Cientista

A Fundação Casa do Pequeno Cientista é uma ONG alemã, fundada em 2007, por quatro professores e cientistas incomodados com a posição de seu país no ranking do PISA, o programa internacional de avaliação coordenado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e aplicado em mais de 50 países.  Em 2006, o exame do PISA avaliou as competências em ciências e a Alemanha ficou em 13º lugar no ranking, atrás de países como Austrália e Holanda, porém, acima da média – e muito na frente do Brasil, que ficou na 51ª posição. No entanto, os resultados foram muito mal recebidos naquele país, em que as indústrias de engenharia, bioquímica e tecnologia estão entre as principais forças da economia.

O plano elaborado pelos fundadores da ONG foi promover o gosto e a curiosidade pela ciência desde muito cedo, com um programa de experimentações divertido, voltado para crianças de 1 a 6 anos. O Ministério da Educação e Desenvolvimento da Alemanha encampou a ideia, assim como indústrias de peso, como a Siemens e a Deutsche Telekom, que até hoje ajudam a financiar o programa.

CCommons/flickr/Horia Varlan
CCommons/flickr/Horia Varlan