Com o que se preocupam os estudantes alemães?

Algumas das principais ambições dos estudantes alemães para o futuro são construir uma carreira de sucesso, ter acesso a oportunidades de formação contínua e passar bastante tempo com a família. Isso é o que revela a 9ª Pesquisa Continental com Estudantes, realizada pelo Instituto de Ciências Sociais Aplicadas (Infas, na sigla em inglês) a pedido da empresa alemã Continental, de soluções de mobilidade.

No estudo, que avalia questões ligadas à universidade, às carreiras e ao mundo do trabalho na Alemanha, mais de três quartos dos jovens entrevistados acreditam que, no futuro, suas carreiras serão promissoras ou muito promissoras.

De acordo com o levantamento, 57% dos graduados pensam que se saem bem quando estão concorrendo para postos de trabalho a nível internacional. Para a Continental, esta tendência pode estar associada com a competitividade das empresas alemãs, que é vista com otimismo por 76% dos 1.025 entrevistados.

Mais de um terço dos futuros engenheiros, cientistas naturais e economistas (33%), também acreditam que o desenvolvimento econômico do país será melhor nos próximos anos do que em 2012.

Em relação ao tempo livre, 91% dos participantes da pesquisa afirmam que ter um equilíbrio entre trabalho e vida familiar é uma prioridade alta ou muito alta, com grande influência na hora de escolher uma vaga de emprego. Ainda, relacionamentos e família (62%) são considerados prioridades mais elevadas para o futuro, em comparação com estudos e qualificação profissional (55%) e com empregos e carreiras (30%).

Além dos interesses pessoais, outro fator que influencia a decisão dos estudantes é a possibilidade de ter uma formação acadêmica ou profissional complementar, considerada por 40% como essencial para aceitar um emprego.

Sobre as empresas, 82% dos jovens acreditam que elas têm responsabilidade social corporativa. Ao todo, 19% atribuem muita importância ao compromisso socioambiental, enquanto 29% estão mais atentos às práticas de negócios sustentáveis.

"O que me impressionou foi que as entrevistadas do sexo feminino avaliaram suas oportunidades de carreira, o conhecimento adquirido e suas vantagens pessoais ao competir por empregos como sendo piores do que as de seus colegas homens", disse Elke Strathmann, diretora de Recursos Humanos da Continental.

Para ela, as mulheres realmente precisam trabalhar sua autoconfiança, porque elas se destacam em seus estudos e conseguem notas melhores, mas isso não se reflete em sua presença no mercado de trabalho, que ainda conta com mais homens nos cargos altos.

SXC
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