Alemanha inaugura 6 centros de estudos regionais

Com o objetivo de ampliar e sistematizar informações sobre outros países e outras culturas, as universidades alemãs de Bayreuth, Bielefeld, Duisburg-Essen, Frankfurt, Göttingen e Marburgo inauguraram, neste início de ano, Centros de Estudos Regionais.

As novas unidades têm a missão de analisar estruturas e desenvolvimentos de outras sociedades dentro de uma perspectiva histórica e atual.  “No âmbito da crescente competitividade mundial, conhecer e entender outros países e outras culturas é um diferencial muito importante”, afirmou a ministra da Educação e Pesquisa, Annette Schavan, ao anunciar as novas medidas. “Esta é a razão para necessitarmos informações bem estruturadas sobre outras regiões do globo”, concluiu.

Cada um dos novos centros estará voltado a uma região específica. Assim, na universidade de Bayreuth, os estudos se concentrarão sobre “O futuro da África”; em Bielefeld, sobre “O espaço de influência das Américas”; em Frankfurt, sobre “As opções africanas e asiáticas”; em Göttingen, sobre “Pesquisas Transregionais – China e Índia” e finalmente, em Marburgo,  estarão voltados ao Oriente Médio e Próximo.

Os estudos regionais fazem parte da estratégia traçada pelo governo federal da Alemanha de internacionalização da ciência e pesquisa.  Aos novos centros caberá pesquisar a interdependência global, assim como processos de intercâmbio cultural, político, econômico e religioso. Nisso estão incluídos, por exemplo, o envolvimento econômico da China na África e a rivalidade entre as potências mundiais pela primazia de influência no mundo árabe. Para realizar os seus objetivos, os seis centros receberão € 22,5 milhões ao longo dos próximos quatro anos.

Até o momento, os estudos regionais na Alemanha sempre tiveram uma forte orientação filológica, isto é, voltados prioritariamente aos estudos da língua.  No entanto, a orientação para os centros que acabaram de ser inaugurados é que os seus trabalhos sejam desenvolvidos em conjunto com disciplinas mais sistemáticas tais como ciências políticas e históricas. “A nossa capacidade de comunicação com outras culturas está diretamente ligada aos conhecimentos que dispomos sobre elas” enfatizou Schavan. “Os resultados das pesquisas no campo das ciências sociais e humanas são de grande interesse para áreas como economia, política e cultura”, continuou a ministra, “o que prova que os estudos regionais são um bom exemplo para uma visão interdisciplinar abrangente”, concluiu.

SXC
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