Kienbaum Brasil discute a importância de um plano de sucessão

Com o mercado cada vez mais disputado e em constante transformação, é essencial investir em processos que possam garantir o bom desempenho e a continuidade de um negócio a longo prazo.

Por que implementar um plano de sucessão de carreira?

Seus colaboradores objetivam se desenvolver no âmbito pessoal, profissional e crescer na carreira: querem receber feedbacks e esperam ser constantemente avaliados de forma clara, justa e transparente. Crescimento também é a finalidade da empresa, que precisa estruturar suas estratégias a curto, médio e longo prazo. O plano de sucessão alinha essas duas necessidades.

Tal sistema consiste no mapeamento dos cargos mais estratégicos de uma organização e dos pré-requisitos para assumi-los no futuro. Esse processo identifica postos de trabalho que podem surgir ou ficar vagos nos próximos anos, verifica os colaboradores com potencial para ocupar essas funções e os prepara para a liderança. Além disso, apresenta outras vantagens:

Diminuir gastos e poupar tempo

Buscar novos profissionais no mercado é caro e demora. Além das despesas com processo seletivo, é necessário gastar com treinamentos para orientar esses profissionais conforme a conduta da empresa.

Havendo um plano de sucessão, a produtividade não é afetada caso um gestor se desvincule repentinamente do cargo, pois há um sucessor à sua altura para substituí-lo imediatamente. Ademais, o sistema garante retorno dos investimentos em educação corporativa porque prestigia os colaboradores. 

Melhorar o engajamento

Toda organização quer reduzir o absenteísmo, os índices de turnover, as reclamações e alavancar a produtividade. Esses KPIs (Key Performance Indicators) indicam o engajamento dos colaboradores, quanto eles estão empenhados no propósito da empresa.

Investir em um plano de sucessão estabelece o perfil do trabalhador-modelo e dá perspectiva de crescimento à equipe. Refletindo positivamente nos KPIs, essa dose de motivação:

  • aumenta a satisfação do profissional com o lugar em que ele trabalha;
  • favorece o desempenho em suas funções;
  • melhora sua interação com o grupo;
  • acentua seu o alinhamento com os objetivos da organização.

Reafirmar a cultura organizacional

Os valores que norteiam a conduta dentro de uma empresa se perpetuam naturalmente caso haja um plano de sucessão. É mais fácil manter o hábito em alguém já acostumado àquela atuação do que moldá-lo do zero em um recém-chegado.

Políticas, crenças, dinâmica de trabalho e interação precisam ser constantemente reafirmadas para a organização não perder sua identidade. Desenvolver lideranças para assumirem cargos-chave reforça o senso de pertencimento desses colaboradores. A mensagem recebida é de que eles estão no lugar certo, agindo corretamente, conforme a cultura organizacional, e são reconhecidos por isso.

Reter talentos

Treinamentos e análises de desempenho evidenciam os destaques da equipe, pessoas que podem assumir cargos estratégicos. É tarefa do RH selecioná-las e promover sua inclusão no plano de sucessão da empresa.

Sabendo que há planejamento para o seu futuro profissional ali dentro, o talento não se inquietará por qualquer outra oportunidade fora da organização — segurança de que o investimento feito nele não será perdido.

Fortalecer a governança corporativa

Preparar o colaborador para um cargo-chave é uma boa prática de gestão porque evidencia controle administrativo: reafirma a hierarquia, os critérios de direção e incentivo estabelecidos.

Se aquele talento está em um plano de sucessão, é sinal de que seus projetos foram monitorados e ele obteve bons resultados seguindo as diretrizes da empresa. Assim, transmite-se transparência à equipe e se ratifica que a governança corporativa efetivamente funciona.

Planejar a sucessão de cargos vitais é medida desenvolvida a curto e médio prazo capaz de trazer muitos benefícios à corporação e aos colaboradores no futuro. A metodologia vai além do enfoque operacional, abrange o estratégico, aquele que norteia não só o que a organização faz hoje, mas os frutos colhidos lá na frente. 

É imprescindível a atuação articulada de consultorias de RH ou do próprio departamento de recursos humanos no planejamento em questão. Ferramentas como o assessment são eficazes, uma vez que no desenvolvimento desse projeto é necessário fazer avaliações constantes e as manter atualizadas.

Como estruturar um plano de sucessão de carreira?

Sua estrutura depende da realidade de cada empresa, afinal, cada uma conta com objetivos, metas e um planejamento estratégico específico. Embora o plano de sucessão varie de uma empresa para a outra, existem algumas medidas em comum na sua elaboração, definindo certas etapas a serem seguidas. Confira:

Entender as necessidades do seu negócio

Quais resultados ele pretende alcançar a curto, médio e longo prazo e o que tem de ser feito para isso? Responder a essas questões permite moldar o plano à realidade da empresa, o que ela realmente precisa.

O organograma empresarial, cuja complexidade aumenta conforme a proporção do empreendimento, pode não corresponder mais ao interesse organizacional, carecendo de reformulação e novas atribuições de competência. Não haveria sentido em preparar um sucessor a um posto de emprego que já não serve aos propósitos da empresa.

Fazer o mapeamento de vagas

Se você quer aumentar as vendas, o líder no cargo A é um vendedor nato e sabe se comunicar com cliente. Caso a intenção seja investir em endomarketing, o ocupante do posto B entende de comunicação interna e relacionamento com fornecedores e stakeholders. Já se a necessidade é balancear as contas, o cargo C exige profundo conhecimento em finanças e domínio do Excel.

Dos 10 potenciais líderes selecionados, quais atendem aos requisitos exigidos pela vaga A? Não basta identificar lideranças, é preciso saber alocá-las, e isso só se realiza pelo mapeamento de vagas, que estabelece o parâmetro de cada posto de trabalho.

Crie um plano de ação e coloque em prática

Agora é hora de colocar o plano de sucessão em prática, capacitando os colaboradores para que eles desenvolvam ainda melhor suas funções. Dessa forma, quando chegar a hora de assumir um cargo de maior responsabilidade, eles já estarão preparados para essa tarefa.

Entenda as variáveis de um bom plano de sucessão

Um bom mapa sucessório precisa obrigatoriamente levar em consideração algumas variáveis importantes. Eleger um sucessor apenas por causa da indicação ou percepção dos gestores é equivocado, até porque existem fatores objetivos para avaliar os profissionais. 

Sendo assim, o primeiro indicador deve ser o desempenho em ciclos anteriores: um colaborador não pode ser eleito potencial sucessor de uma posição acima da atualmente ocupada se não “entrega”.

A segunda variável está relacionada aos requisitos de acesso: o profissional atende às exigências do cargo acima do seu ou de qualquer outro em que ele possa ser considerado um potencial sucessor? Vale lembrar que os requisitos de acesso não são competências, mas condições como formação acadêmica, experiência profissional e conhecimentos técnicos específicos da vaga.

Também deve ser analisado se o colaborador tem potencial para galgar cargos superiores, mais exigentes e que compreendem maiores responsabilidades. Assessments de empresa externas trazem resultados elucidativos, tornando mais fácil se ater a variável que deve ser analisada aqui.

Por último, ressaltam-se mais dois pontos: interesse e mobilidade. Às vezes, o profissional está satisfeito com a vaga que ocupa na organização e não quer ser responsável pela tomada de decisões cruciais. Talvez ser sucessor em um cargo estratégico implique em transferência entre as unidades e ele não está disposto a mudar de cidade ou local de trabalho. 

Avalie os resultados e faça ajustes

Finalmente, é essencial avaliar os resultados das capacitações que você ofereceu aos seus colaboradores. Entenda qual foi a evolução de cada um e, com isso, analise se os objetivos foram atingidos. Identifique pontos em desacordo com o seu planejamento inicial e ajuste os planos de ação que não estão gerando os resultados esperados.

Dadas as devidas orientações e diante de tamanhas benesses, fica evidente a importância de implementar um plano de sucessão. Diminuir gastos, poupar tempo, reter talentos e melhorar cultura e clima organizacional são apenas algumas das vantagens auferidas. Com um bom planejamento, a empresa aumenta a produtividade, a competitividade no mercado e, concomitantemente, desenvolve seus colaboradores. 

Divulgação: Kienbaum Brasil