UE busca solução para a crise


Os líderes da União Europeia (UE) estão reunidos nesta quarta-feira (27), em Bruxelas, para tentar fechar um acordo sobre a ampliação do fundo europeu de resgate, a Linha de Estabilidade Financeira Europeia (EFSF, na sigla em inglês).



A expectativa é que seja aprovado um pacote para a ampliação do fundo de € 440 bilhões para cerca de € 1 trilhão. A resolução não exigiria o aumento nas garantias dos países contribuintes.



Durante a reunião de cúpula, a chanceler alemã, Angela Merkel, fez um apelo para que o Parlamento Alemão (Bundestag) aprove as propostas para reforçar o fundo da zona do euro. “A Europa vive os piores tempos desde a Segunda Guerra Mundial”, disse. Merkel e o presidente da França, Nicolas Sarkozy, prometeram, na semana passada, que apresentariam um plano abrangente para combater a crise na região após esse encontro, o segundo dos líderes europeus em apenas quatro dias. 



A situação na Europa se agravou devido aos temores sobre a Itália. A terceira economia do bloco possui uma dívida pública de mais de € 1,9 trilhão (aproximadamente 120% do PIB) e pode ser a próxima vítima da crise. O governo do país prometeu medidas de austeridade para equilibrar seu orçamento até 2013.



A resolução da crise grega também está em discussão. A Grécia deve ser resgatada pelos bancos credores que devem “perdoar” parte da dívida, sob condições negociadas.



Brasil não comprará títulos da dívida europeia



O ministro da Fazenda, Guido Mantega, descartou nesta terça-feira (25) que o Brasil possa comprar títulos da dívida de países europeus, segundo informações da Agência Brasil. Ele afirmou que a solução para a crise econômica terá de vir de países do próprio continente.



“Acredito que os países europeus não precisam de ajuda no mercado de bônus”, disse o ministro. “Eles conseguirão apresentar soluções pelos próprios meios. Além do Banco Central Europeu, eles possuem um fundo de estabilização financeira e governos poderosos, principalmente da França e da Alemanha, que podem agir”.



De acordo com Mantega, uma eventual ajuda do Brasil ocorrerá apenas por meio de reforços ao Fundo Monetário Internacional (FMI). Mesmo assim, o Brasil está disposto a participar de uma operação de socorro apenas se o FMI não adiar o aumento as cotas dos países emergentes, previsto para o próximo ano.



 



 



                                                                                                                                                                                                                      *Com informações da Agência Brasil

The Council of the European Union
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