Taxa para viagens aéreas instituída pelo Reino Unido é alvo de críticas

A polêmica cobrança instituída pelo Reino Unido para viagens aéreas, que tem relação com limitação de emissão de gases poluentes (quanto maior a distância da viagem a partir do Reino Unido, maior a taxa), foi alvo de crítica da presidente da Embratur, Jeanine Pires, durante a Conferência “EU-Iberoamérica: Rumo a um Modelo Turístico Socialmente Responsável”, realizada em Madri, na Espanha, no último dia 18.


“Questiono se a criação de uma taxa com essas características realmente serve à limitação de emissão de gases poluentes, pois ela sequer se aplica a jatos particulares ou aviação de carga.”


De acordo com a executiva, como o valor será mais pesado para viagens de longa distância, os turistas que viajam para países como o Brasil, Caribe, China, Índia, África do Sul, México e Tailândia terão que pagar 50 libras em 2010. A partir de dezembro, a taxa subirá para 75 libras.


“Ou seja, os países emergentes vão pagar a conta, e os resultados para o meio ambiente são questionáveis”, analisa. A presidente também contou com o apoio de diversos representantes de outros países emergentes, entre eles a Argentina, cuja taxa estipulada é de 55 libras. “O passivo do aquecimento global não deve cair na conta dos países emergentes e sim, em sua maior parte, na conta dos países desenvolvidos que são sabidamente os maiores poluidores”, concluiu.

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