Recuperação é mais lenta no leste alemão

No auge da crise econômica e financeira, a produção no leste alemão (exceto Berlim) registrou uma queda de 5,8%. O oeste do país, por sua vez, teve queda de 6,4%. Desde a reunificação da Alemanha, há 20 anos, os dois lados não passavam por uma queda de produção simultânea. A recuperação, no entanto, ocorre em ritmos diferentes.


Um relatório divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica de Halle (Institut für Wirtschaftsforschung Halle) prevê que o PIB da parte leste cresça 1,5% esse ano, ao passo que o oeste deve alcançar os 2%. Os analistas afirmam que as deficiências estruturais na indústria e a falta de incentivo às exportações são os fatores que freiam a recuperação econômica da ex-Alemanha Oriental.


Além disso, a pesquisa mostra que a população do lado oriental diminuiu sensivelmente nos últimos dois anos, passando de pouco mais de 13 milhões para 12,8 milhões. O êxodo da população e a consequente redução do consumo (cerca de 1% no primeiro semestre do ano) prejudica o setor de serviços na região, segmento que se recupera mais rapidamente em todo o país.


O documento relata, ainda, que o número de aposentados cresceu e o de pessoas em idade produtiva caiu, refletindo diretamente na produtividade, que já é cerca de 25% menor do que no lado ocidental.

SXC
SXC