Ranking de percepção da corrupção


A ONG Transparência Internacional divulgou nesta quarta-feira (5) o estudo Percepções da Corrupção 2012, no qual analisa a situação em 176 países. A Alemanha aparece em 13º lugar no ranking, com 79 pontos, e o Brasil em 69º, com 43 pontos. O estudo elenca os países de acordo com a percepção do nível de corrupção em seu poder público, e utiliza uma pontuação que vai de zero (percebido como altamente corrupto) a 100 (percebido como altamente “limpo”) – ou seja, os países com pontuações maiores são considerados os menos corruptos.



Compartilham o topo da lista, com menos casos de corrupção, a Dinamarca, a Suécia e a Nova Zelândia. Já as últimas posições são ocupadas pelo Afeganistão, pela Coreia do Norte e pela Somália. Também estão em posições consideradas negativas alguns países da zona do euro que sofrem os impactos intensos da crise econômica internacional, como Grécia, em 94ª posição, e Itália, em 72ª.



Nas Américas e no Caribe, as posições mais negativas são as do Haiti, em 165º lugar, e do Paraguai, em 150º. Na América Latina, o Brasil foi o terceiro mais bem colocado, embora com uma pontuação bem inferior aos dois primeiros, o Chile e o Uruguai, que estão na 20ª posição com 72 pontos.



No caso dos países que ocupam as primeiras posições na comparação mundial, a organização considera o esforço público – associado ao acesso aos sistemas de informação e à definição de regras claras, que regem o comportamento dos que ocupam cargos públicos – preponderante para evitar casos de corrupção. No caso dos piores colocados, a ONG diz que faltam líderes responsáveis e instituições públicas eficientes.



Em nota, a Transparência Internacional diz que os níveis de corrupção no mundo ainda são elevados, assim como casos de “abuso de poder e relações sigilosas”. Para a organização, é necessário intensificar as ações em busca da transparência de dados e informações referentes aos órgãos públicos e sua atuação.



A presidente da Transparency Internacional, Huguette Labelle, defendeu a integração de ações governamentais em busca do combate à corrupção, além da concessão de mais espaço para a sociedade participar dos debates. Segundo ela, é fundamental estabelecer regras para o lobby e o financiamento para campanhas políticas, além da definição de normas transparentes para a contratação de serviços públicos.



Com informações da Agência Brasil

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