PIB brasileiro cresce 0,4% no 2º trimestre


O PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil cresceu 0,4% no 2º trimestre do ano, na comparação com os três meses imediatamente anteriores, totalizando R$ 1,1 trilhão em valores correntes. Os dados foram divulgados pelo IBGE (Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística), nesta sexta-feira (31). Na comparação com o 2º trimestre do ano passado, o crescimento foi de 0,5%, e no acumulado do 1º semestre, foi de 0,6%.

“É um prenúncio de resultados melhores no segundo semestre”, avaliou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, durante coletiva à imprensa em São Paulo, também nesta sexta-feira. Para o ministro, a economia já começou a mostrar aceleração gradual, apesar da crise financeira internacional.

Entre os setores analisados pelo instituto de pesquisa, na comparação com o trimestre anterior, a maior alta foi registrada pela agropecuária, que teve crescimento de 4,9%. O setor de serviços também registrou avanço, porém mais leve, de 0,7%.

Único setor a registrar queda (-2,5%), a indústria mostrou baixa em três das quatro atividades pesquisadas, puxada pelo recuo de 2,5% da indústria de transformação, seguida por extrativa mineral (-2,3%) e pela construção civil (-0,7%). Em eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana, foi verificada alta de 1,6%.

“Acredito numa recuperação da indústria”, afirmou Mantega. “A redução do IPI [Imposto sobre Produtos Industrializados] está surtindo efeito e deverá ser anunciada uma venda recorde do setor automobilístico”, adiantou. Ele comentou ainda que a queda da taxa Selic também trará efeitos positivos para o setor de produção: “Algumas mudanças podem demorar a fazer efeito, mas a indústria toda se adaptará a juros menores”.

O ministro citou, ainda, que instituições e especialistas têm previsto um crescimento de 4% ou mais para o próximo ano. “Estamos numa transição para um crescimento maior”, concluiu.

Em nota oficial, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, também considerou que o desempenho do PIB de abril a junho mostra uma recuperação da atividade econômica brasileira, e acredita numa melhora na segunda metade do ano: “Os sólidos fundamentos e um mercado interno robusto constituem um diferencial da economia brasileira. Dessa forma, mesmo diante do complexo ambiente internacional, as perspectivas apontam intensificação do ritmo de atividade ao longo deste segundo semestre e do próximo ano”.
 

SXC
SXC