Merkel perde eleição na Renânia do Norte


O partido da chanceler Angela Merkel, CDU (União Democrata Cristã), saiu derrotado no pleito regional da Renânia do Norte. O resultado definitivo das eleições legislativas, que aconteceram no domingo (13), confirmou a vitória do Partido Social Democrata (SPD), em coalizão com os Verdes. Dessa forma, está garantida a continuidade da primeira-ministra (governadora) Hannelore Kraft no comando daquele que é um dos mais importantes estados nos cenários político e econômico da Alemanha.


Convocadas em março, após o quase fracasso da tentativa de aprovação orçamentária no estado, as eleições tinham Kraft como favorita mesmo com o cenário adverso. Seu principal oponente foi Norbert Röttgen, candidato da CDU, segundo colocado na disputa e atual Ministro do Meio Ambiente no governo Merkel.


A contagem final apontou 39,1% dos votos para o SPD, que superou, assim, o resultado das últimas eleições, em 2010, quando alcançou a marca de 34,5%. Os Verdes ficaram com 11,3%, contribuindo no peso do resultado para a coalizão vencedora. Já o CDU obteve 26,3% dos votos, 8,3% a menos que em 2010 e o pior resultado em 60 anos. Seu aliado FDP fechou com 8,6%, indicando recuperação depois da derrota em Schleswig-Holstein, há uma semana, mas insuficiente para alcançar a maioria junto ao CDU.


O Partido dos Piratas, com 7,8% dos votos, continua em ascensão. Pela quarta vez consecutiva desde novembro do ano passado, conseguiu lugar em um Legislativo regional. Além da Renânia do Norte-Vestfália, está presente também em Schleswig Holstein, Berlim e Sarre. Apontados como revolucionários, “Os Piratas”, como são chamados, vêm agitando a cena política no país. Organizado por ativistas digitais, seu crescimento incomoda às coalizões tradicionais, disputando espaço na pauta política com a bandeira da transparência e liberdade, sobretudo na internet.


Em nível nacional, os últimos demonstrativos das urnas não devem alterar a dinâmica política já instaurada, mas podem servir como sinal de mudança para 2013, quando a Alemanha passará por eleições federais.

flickr/Savas Savidis
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