Governo prorroga IPI reduzido para carros até dezembro


A presidente Dilma Rousseff anunciou, nesta quarta-feira (24), durante cerimônia de abertura do 27º Salão Internacional do Automóvel de São Paulo, a prorrogação da redução de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para carros até 31 de dezembro. O regime especial iria terminar no final deste mês. Além do anúncio, Dilma também defendeu a substituição da importação de componentes automotivos por outros fabricados no País, medida presente no novo regime automotivo brasileiro, o Inovar-Auto.



“Este País terá de ser um lugar no qual se gere elos e cadeia produtiva sustentáveis da indústria de autopeças, de automotores e transmissão, complementadas com a produção internacional. Não é possível que a gente ache que o nosso País não é capaz de gerar conhecimento científico e tecnológico na indústria automobilística. Nós queremos gerar tecnologia. Nosso País tem o desafio da produção, e produzir vai significar para o Brasil ter uma enorme capacidade de inovar”, afirmou a presidente.



Segundo o governo, o Inovar-Auto visa incentivar a substituição de componentes importados por nacionais, a competitividade, a fabricação de carros mais seguros e econômicos e o investimento em pesquisa e desenvolvimento. As empresas que se comprometerem com as metas do programa poderão usufruir de um crédito presumido do IPI de até 30 pontos percentuais.



Também nesta quarta-feira, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que a prorrogação do imposto reduzido visa manter as vendas e investimentos no setor e garantir inflação baixa e mais empregos. Ele destacou que esta “provavelmente” será a última prorrogação da redução do tributo.



“Renovamos a redução de IPI sobre automóveis por mais dois meses para que a indústria continue vendendo bem, continue anunciando e fazendo investimentos. Tivemos boa reação da última desoneração que vigorou nos últimos dois meses e nós queremos que isto se mantenha até o final do ano”, declarou.



A primeira redução do IPI foi anunciada em maio deste ano. Em agosto, quando a aplicação da taxa menor do imposto terminaria, o titular da pasta anunciou a extensão do benefício por mais dois meses.



A extensão do IPI menor significa renúncia fiscal do governo de cerca de R$ 800 milhões nos próximos dois meses.



Com informações da Agência Brasil

Marcelo Camargo/Agência Brasil
Marcelo Camargo/Agência Brasil