Financiamento de veículos deve ter alta de 8% em 2013

O cenário do crédito para financiamento de veículos, em 2012, foi fortemente marcado pelas medidas governamentais para incentivo do setor automotivo. Com a redução da alíquota do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI), durante grande parte do ano, as vendas de automóveis se mantiveram aquecidas e a ANEF (Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras) verificou a consolidação do saldo das carteiras de financiamento para a aquisição de veículos no ano em R$ 201,6 bilhões, que representaram um crescimento de 0,3% na comparação com 2011.

Segundo o presidente da entidade, Décio Carbonari, não foi apenas este fato que marcou 2012.  Além do discreto crescimento do saldo das carteiras, 2012 também percebeu a taxa de juros mantendo-se em queda durante todo o ano. Em dezembro de 2011, a ponderação média das taxas praticadas pelas associadas da ANEF era de 1,50% a.m, caindo para 1,25% no final de 2012. As taxas anuais também apresentaram queda no período sendo que a utilizada pelo mercado passou de 26,21% em 2011 para 19,90% ao ano em 2012, a Selic baixou de 11% para 7,25% a.a e a praticada pelos associados ANEF de 19,56% para 16,08% a.a.

“Esta redução na taxa média de juros, em conjunto com a prorrogação da política de redução na cobrança do IPI, agora com retorno gradual ao longo do ano, deverão manter as vendas aquecidas nos próximos meses e seguir atraindo um público com renda maior e com melhores garantias de pagamento para o mercado”, explica Carbonari.

Apesar desta expectativa, o executivo não acredita em um crescimento demasiadamente acelerado no número de financiamentos durante 2013. “O número de financiamentos deve ter uma elevação de 8%, passando de R$ 201,6 bilhões para R$ 217,7 bilhões, apresentando uma alta superior ao crescimento esperado, entre 3,5% e 4,5% do total de veículos licenciados no mercado interno durante 2013. Já para caminhões e ônibus ainda não é possível gerar projeções, mas acreditamos em um crescimento mais significativo para o segmento, caso se confirmem, por exemplo, as concessões de portos e aeroportos anunciados para este ano, além de outras melhorias na infraestrutura que não podem mais ser adiadas”, avalia o presidente.

CCommons/Ben McLeod
CCommons/Ben McLeod