Siemens entrega 1.000ª turbina a vapor no Brasil

Uma comemoração realizada no seu complexo industrial, em Jundiaí (SP), marcou a entrega da  milésima turbina a vapor fabricada pela Siemens no Brasil. O equipamento destina-se a um dos maiores players do setor sucroalcooleiro do País, a Guarani, empresa que durante a safra de  2011/2012  movimentou 20 milhões de toneladas de cana, produzindo 1,9 milhão de toneladas de açúcar, 860 mil m³ de etanol e 400 GW/h de energia.

“A entrega da milésima turbina é uma conquista importante e reforça o compromisso da Siemens com o desenvolvimento de soluções que atendam as necessidades do mercado”, afirmou na ocasião o diretor da área de turbinas a vapor da Siemens no Brasil, Thiago Pistore.

Tecnologia

No País, o desenvolvimento de turbinas a vapor tem uma longa trajetória. Tudo começou na década de 1970, quando as primeiras unidades foram desenvolvidas em Ribeirão Preto (SP), por uma empresa de nome AKZ para o Grupo Zanini.  Nos anos seguintes, o mercado se movimentou por meio de várias aquisições e parcerias entre empresas envolvendo ABB e Alstom Power até que, em 2003, procurando completar o seu portfólio de turbinas a gás, a Siemens  assumiu o segmento industrial de turbinas a vapor da  Alstom.

Ao mesmo tempo, ocorreu o desenvolvimento da tecnologia aplicada nessas turbinas: inicialmente de pequeno porte, as turbinas aumentaram paulatinamente as suas potências e capacidades; em 1986, foi instalada a primeira planta de cogeração e, gradativamente, passaram a ser requisitadas por outros setores da economia, como o de papel e celulose e óleo e gás.

Atualmente, a produção de turbinas a vapor da Siemens é 100% nacional. Há pouco tempo, a empresa adquiriu a balanceadora Schenck DH7/DH50, um dos mais avançados e eficientes equipamentos de teste de rotores do mundo. O serviço que antes era executado na Europa e levava acima de 90 dias para ser concluído, agora é feito em menos de um mês no País. “Os equipamentos Siemens são responsáveis por 50% da energia gerada neste País” declarou  Paulo Stark, presidente da Siemens no Brasil, “o que mostra que nacionalizar e desenvolver produtos são a nossa vocação”.

O futuro

Márcio Zimmermann, secretário executivo no Ministério das Minas e Energia, presente ao evento, lembrou a necessidade de um país em desenvolvimento ser capaz de atrair empresas, e “nada melhor do que o exemplo da Siemens, que está há mais de 100 anos atuando no Brasil”.  Para ele, a comemoração da entrega da milésima turbina também deve ser vista como o reflexo do potencial existente no País e que ainda deve crescer. Ele lembrou que o Brasil tem um consumo de energia elétrica  per capita de 2.300 kW/hora/ano, muito abaixo do padrão internacional.  Os planos do governo são de dobrar esse consumo nos próximos 15 anos, chegando a 4.600 kW/hora, que é o padrão da África  do Sul. “Isso mostra o potencial que existe no País”, reforçou o secretário.

 

Divulgação Siemens
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