Projeto da Bunge vai gerar créditos de carbono


Um projeto realizado pela Bunge em parceria com a Florestal Santa Maria vai permitir que, a partir do segundo semestre deste ano, o Brasil gere créditos de carbono em uma área de floresta nativa no bioma amazônico, localizada em uma propriedade privada. Segundo a multinacional de agronegócio e alimentos, até então, a maior parte dos créditos de carbono florestais era proveniente de áreas públicas ou de florestas plantadas.



O projeto é realizado por meio da divisão Bunge Environmental Markets (BEM), e aplica o princípio da Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação (sigla REDD, do inglês), que consiste em criar valores econômicos para a floresta em pé, ou para o desmatamento evitado. Em comunicado, a companhia ressalta que o projeto inicia uma nova fase na geração de créditos de carbono no País, com a valorização real desta vegetação. “Os créditos de carbono têm valor comercial e podem gerar recursos financeiros significativos, representando um verdadeiro impulso à economia verde”, aponta o texto.



A área, localizada no município de Colniza (Norte do estado do Mato Grosso), possui uma grande diversidade de pássaros e de espécies vegetais, que foram preservadas e mantidas, por anos, em propriedade privada. A preservação da mata permite a geração de créditos de carbono e a criação de novos postos de trabalho na região. “Esta iniciativa materializa o valor da manutenção da vegetação nativa, da preservação de biomas e do manejo sustentável da floresta”, destaca Adalgiso Telles, diretor de Assuntos Corporativos e Sustentabilidade da Bunge Brasil.



A princípio, o projeto terá duração de 30 anos e evitará uma emissão total da ordem de 30 milhões de toneladas de CO2, ou cerca de 1 milhão de toneladas de CO2 por ano. De acordo com a Bunge, além de aplicar seu conhecimento técnico, garantindo a qualidade e o alinhamento da iniciativa com as diretrizes oficiais do mercado voluntário de carbono (VCS – Verified Carbon Standard), a empresa firmou um compromisso de compra de parte dos créditos de carbono, permitindo a negociação antecipada.

Divulgação Bunge
Divulgação Bunge