Lanxess produz energia própria em Porto Feliz

Toda a energia utilizada pela Lanxess para a produção de pigmentos de óxido de ferro, na unidade de Porto Feliz (SP), virá de sua própria usina de cogeração que acaba de entrar em operação. Resultado de investimentos de R$ 20 milhões, com financiamento de cerca de 80% desse valor pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES), a nova planta do grupo alemão de especialidades químicas tem como fonte de energia o bagaço da cana-de-açúcar.


Experiência


A usina ecológica instalada no Brasil, inaugurada ontem (9), é a primeira deste tipo feita pelo Grupo. Ainda neste ano, outras semelhantes serão inauguradas na Europa e na Índia. “A usina de Porto Feliz é um marco na nossa abordagem de sustentabilidade e será modelo para outros projetos no mundo”, afirma Rainier van Roessel, membro do Conselho de Administração da Lanxess AG.


Para o presidente da Lanxess no Brasil, Marcelo Lacerda, a geração própria de energia tornará a fábrica mais independente. “Essa independência dá uma segurança maior para a produção. Sabemos o que podemos entregar sem depender das oscilações das redes elétricas”.


De acordo com Lacerda, o município paulista foi escolhido para sediar a instalação da usina, entre as 43 unidades de produção do Grupo ao redor do mundo, porque é uma das mais importantes áreas de cultivo de cana-de-açúcar. Em outros países, serão utilizadas outras matérias-primas.


Eficiência


A inauguração da nova usina de cogeração possibilitará que a empresa reduza as emissões de CO2 para praticamente zero, segundo informações da Lanxess. A produção de eletricidade e vapor possui uma capacidade de 4,5 MW – a empresa não divulga o quanto isso representará em termos de economia de energia. A eficiência alcançada no processo é de até 90%, considerada muito alta para este tipo de usina.


“Pelo ciclo normal de geração, a eficiência é muito baixa, chegando a 35%. Mas na cogeração, aproveitamos tanto a energia elétrica quanto a térmica. Essa é a diferença básica da nossa planta”, explica Francisco César Tofanetto, responsável pela planta de energia e engenharia de Porto Feliz.


Para completar o ciclo, as cinzas formadas no processo, ricas em fósforo, potássio e nitrogênio, serão utilizadas como fertilizante para o solo.


 


 


Confira abaixo o clico do bagaço de cana na usina de cogeração da Lanxess:


 



1 – O bagaço da cana é retirado das Usinas de açúcar e álcool


2 – Os caminhões descarregam o bagaço no pátio de armazenagem


3 – As pás-carregadeiras fazem a movimentação do bagaço e alimentam a esteira


4 – O resíduo (bagaço) é queimado gerando gás quente, que troca calor com os tubos de água da caldeira, gerando vapor


5 – Este vapor é superaquecido e vai para a entrada da turbina. A turbina recebe o vapor a uma pressão de 45kgf/cm² e com uma temperatura de 450ºC


6 – O vapor passa pela turbina que, por sua vez, movimenta o gerador por transmissão mecânica


7 – O excedente desta energia elétrica pode ser comercializado, pois o sistema elétrico da cogeração fica 100% interligado com a concessionária de energia elétrica


8 – As cinzas resultantes da queima do bagaço são separadas em um lavador de gases. Este processo impede que elas sejam expelidas na atmosfera


9 – As cinzas, quando apresentam um estado com baixa umidade, são vendidas ou doadas como fertilizantes, pois são ricas em nitrogênio, potássio e fósforo


 


 


 


 

Divulgação/Lanxess
Divulgação/Lanxess