Boehringer Ingelheim e Eli Lilly anunciam aliança

Estima-se que o diabetes afete 285 milhões de adultos no mundo todo e que 60% deles não alcancem os resultados desejados com os tratamentos disponíveis no mercado atualmente. Pensando nisso, a alemã Boehringer Ingelheim e a americana Eli Lilly, decidiram desenvolver em conjunto um novo portfólio de produtos para tratar a doença.


O acordo entre as duas empresas farmacêuticas foi anunciado nesta terça-feira (11) e está focado em quatro compostos principais: dois medicamentos de uso oral, que estão em desenvolvimento pela Boehringer, e dois análogos basais de insulina (substância artificial usada para nivelar a quantidade de insulina no sangue) da Lilly. Os laboratórios ainda poderão desenvolver e comercializar em conjunto um anticorpo descoberto pela companhia americana, atualmente em testes clínicos em pacientes com diabetes e doença renal crônica.


O Prof. Andreas Barner, Presidente do Conselho de Administração da Boehringer Ingelheim, enfatiza a importância da nova parceria para as duas companhias. “Esta colaboração trará para a Boehringer Ingelheim e a Lilly os benefícios conjuntos da experiência da Lilly no mercado do diabetes, além de dois análogos da insulina basal, bem como os produtos do inovador pipeline da Boehringer Ingelheim, em estágios avançados de desenvolvimento”, explica.


Juntas, as duas empresas terão o portfólio de tratamentos para diabetes mais forte do setor farmacêutico. “Esta aliança expande a nossa (da Lilly) faixa de ofertas para indivíduos diabéticos, reforça a nossa capacidade de cuidar do diabetes e oferece a perspectiva de oportunidades de retornos financeiros a curto prazo, numa época em que teremos que enfrentar a perda de patente de vários de nossos produtos”, destaca John C. Lechleiter, presidente e CEO da Lilly.


Custos e lucros


Da Lilly, o laboratório alemão receberá um pagamento único de € 300 milhões. Ambas as empresas devem receber ainda uma boa quantia a cada etapa regulatória bem-sucedida que concluírem com cada um dos medicamentos que estão desenvolvendo. Os custos que envolvem o desenvolvimento, o registro e a distribuição dos novos produtos serão divididos, bem como os lucros provenientes da comercialização dos mesmos.


 

REGIERUNGonline / Bilderbox
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