Empresários e políticos aprovam Angela Merkel

Em um estudo divulgado esta semana pelo Instituto Allensbach, realizado com 500 líderes de empresas, políticos e representantes do setor público alemães, foi apontado um forte apoio às medidas adotadas pela chanceler Angela Merkel para conter o agravamento da crise na zona do euro.

Após um semestre de crise profunda, a pesquisa publicada na revista de finanças Capital apresentou que 70% dos entrevistados consideram Merkel uma representante forte para a Alemanha, e 69% aprovam sua postura de gestão diante da crise econômica.

Apesar da preocupação com a estabilidade da zona do euro, 70% dos participantes acreditam que a Alemanha está conseguindo inserir seus interesses nas decisões da União Europeia.

No índice anterior, revelado em junho de 2011, a maioria dos entrevistados apontou a liderança de Merkel como negativa, criticando-a principalmente por abandonar muitas das posições da ala mais conservadora da União Democrata-Cristã. Na ocasião, a aprovação de seu governo ficou em torno de 35%.

Além disso, na primeira edição deste ano, os líderes também apresentaram desapontamento referente à decisão da chanceler em abandonar o uso de energia nuclear no país, por meio de sua “revolução energética”.

Segundo a revista Capital, a melhora significativa da imagem de Merkel perante os setores analisados se deve a sua persistência e às medidas tomadas para conter a crise.

União Fiscal

A união econômica e fiscal anunciada pelos líderes europeus na semana passada conta com a aprovação de 78% dos entrevistados. No entanto, eles lamentam a posição do Reino Unido, que não participará do acordo fiscal.

Estabilidade

Quando perguntados a respeito da estabilidade na zona do euro, 74% dos representantes do setor empresarial disseram estar muito preocupados, enquanto apenas 42% do campo da política expressaram sentimentos semelhantes.

Ainda, 90% pensam que as medidas de austeridade para países como Grécia e Itália são necessárias, mesmo que ameacem desacelerar o crescimento econômico alemão. Somente 11% acredita que a zona do euro irá quebrar nos próximos meses.

IG BCE
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