DIHK espera que PIB alemão cresça 2% em 2014

“A economia [alemã] está no bom caminho; a recuperação econômica continua a avançar”. A afirmação é do presidente-executivo da Confederação Alemã das Câmaras de Comércio e Indústria (DIHK, na sigla em alemão), Martin Wansleben, durante a divulgação, nesta terça-feira (4), da pesquisa de conjuntura de início de ano, feita pela entidade com mais de 27 mil empresas respondentes entre a metade dezembro de 2013 e a metade do mês passado.

Segundo o estudo, a confiança das empresas está crescendo novamente nesse início de 2014. As preocupações com uma queda na demanda continuam a retroceder, apesar de custos adicionais estarem despontando no horizonte político [o governo alemão planeja implantar um salário mínimo € 8,50/hora], diz o texto. No entanto, os preços da energia e das matérias-primas ainda são os maiores riscos aos negócios apontados pelas empresas. O ambiente internacional mais positivo está oferecendo melhores perspectivas de negócios, especialmente para a indústria manufatureira.

O DIHK destaca que, diante da confiança crescente mostrada nas últimas pesquisas de conjuntura, a avaliação da situação atual das empresas vem melhorando notavelmente, e segue muito boa neste começo de ano. Isto está ajudando a superar a atual baixa no ritmo econômico, graças às companhias solidamente posicionadas e ao consumo doméstico crescente, diz o estudo.

Exportações, emprego e PIB

Em 2014, as exportações alemãs estão entrando em um caminho de maior expansão, e as expectativas de vendas ao exterior das empresas aumentaram para o nível mais alto em mais de dois anos e meio. Assim, as exportações estão retomando o dinamismo de anos anteriores. O prospecto melhor do mercado europeu está contribuindo para isso; a economia dos EUA também está voltando ao ritmo e os mercados emergentes, apesar dos pesares, estão se tornando mais estáveis.

As intenções de investimentos das companhias estão melhorando em ritmo lento, mas nesse começo de ano os planos estão um tanto mais expansivos, após as empresas terem reportado planos de aumento de investimentos na pesquisa feita em outubro passado, pela primeira vez após muito tempo. Adicionalmente aos investimentos de manutenção, os relativos a novos produtos e em maior capacidade produtiva continuam sendo os mais importantes.

Diante dos resultados da pesquisa, o DIHK aumentou sua perspectiva de crescimento do PIB alemão de 2014 para 2% (era de 1,7% na pesquisa feita em outubro do ano passado). Quanto aos empregos, a entidade espera um saldo de 250 mil vagas a serem criadas em 2014, e um saldo médio de 2,90 milhões de desempregados – em 2013, o número de desempregados ficou em 2,95 milhões, e em 2012, de 2,89 milhões.

Thomas Imophototek
Thomas Imophototek