Cúpula informal da UE termina sem resultados


A cúpula extraordinária dos 27 líderes da União Europeia terminou sem resultados concretos na madrugada desta quinta-feira (24), em Bruxelas.



Um dos principais pontos debatidos e que gera divisão entre os chefes de Estado e de governo é a proposta de criação dos chamados eurobônus (ou euro bonds), títulos públicos comuns aos países do bloco que seriam emitidos pelo Banco Central Europeu (BCE). A proposta, do novo presidente francês, François Hollande, tem, de maneira geral, o apoio dos países do Sul do continente, Itália incluída, mas enfrenta a resistência de alguns países do Norte, capitaneados pela Alemanha.



Antes do início do encontro, a chanceler alemã, Angela Merkel, reiterou sua posição contrária à medida, afirmando que os eurobônus não seriam uma solução para reativar o crescimento dos países e que sua criação seria contrária aos tratados europeus.



A Alemanha também é contrária à ideia de o BCE emprestar dinheiro diretamente aos países em dificuldades financeiras, iniciativa defendida pela França.



Decisões sobre essas e outras propostas devem ficar para a próxima cúpula dos líderes da UE, a ser realizada no final de junho.



Um consenso, porém, foi apresentado na reunião desta quarta-feira (23): a declaração de que as lideranças querem a permanência da Grécia na zona do euro, mas com a exortação de que o país cumpra os compromissos assumidos com a Comissão Europeia e o FMI (Fundo Monetário Internacional) em fevereiro, após receber um resgate de € 130 bilhões.

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