Crise e desemprego ameaçam economia global


Com previsões negativas referentes à crise da dívida europeia e a consequente alta do desemprego, os países do mundo inteiro deverão sofrer uma desaceleração econômica nos próximos dois anos.



É o que revela o relatório “Situação Econômica Mundial e Perspectivas 2012”, apresentado pela Organização das Nações Unidas (ONU). Na análise, foi elaborado um quadro que detalha sete regiões geográficas e previsões de suas taxas de crescimento para este ano e 2013.



De acordo com a ONU, a maioria das regiões apresentará decréscimo na economia até o próximo ano, com exceção do continente africano, que recebe alto fluxo de capital e investimentos estrangeiros, sobretudo provenientes da Ásia. O continente deve alcançar um crescimento de 5% em 2012, e 5,1% em 2013. As projeções apontam que a África do Sul será o país com o maior crescimento na economia neste ano.



A pesquisa elaborada pelo Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais (Desa) das Nações Unidas também classificou os países em desenvolvimento e economias de transição como os motores da economia mundial, crescendo em média 5,4% em 2012.



União Europeia



A União Europeia, que obteve crescimento de 1,6% em 2011, crescerá em torno de 0,7% em 2012 e o desemprego, considerado o problema chave da situação para a ONU caso a economia entre em recessão, deve chegar a 10% na zona do euro.



No mês passado, o Desa emitiu um alerta de que medidas de austeridade fiscal prematuras dos países do bloco poderiam representar um risco de nova recessão mundial. Ainda, recomendam medidas adicionais para estimular a criação de empregos e investimentos.



“A falência dos formuladores de políticas públicas, especialmente os europeus e os norte-americanos, em tratar a crise de emprego e prevenir o perigo da dívida pública e a fragilidade do setor financeiro representa o maior risco para a economia global na perspectiva de 2012-2013”, afirma o relatório.



América Latina e Brasil



O continente latino-americano permanece suscetível ao futuro das decisões da União Europeia e Estados Unidos, que são responsáveis por exportações fundamentais à região, como o turismo.



Segundo o estudo, “as nuvens sobre a região estão escurecendo. Com os riscos de agravamento da situação europeia e norte-americana, a América Latina e as economias do Caribe seriam duramente atingidas e o crescimento poderia cair abaixo de 1% na região, com o Brasil estagnado e o México entrando em recessão juntamente com os Estados Unidos”.



O relatório “Situação Econômica Mundial e Perspectivas 2012” está disponível no site da ONU nas seis línguas oficiais da instituição



 

European Parliament
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