Consumo privado alemão crescerá 1% em 2013

De acordo com o prognóstico da empresa de pesquisas de mercado GfK, o consumo das famílias na Alemanha vai crescer 1% em termos reais em 2013, dando, assim, uma contribuição estável à economia alemã. Conforme o estudo, apresentado nesta terça-feira (19), à luz de taxas de juros baixas e da preocupação com o futuro do euro, os consumidores alemães estão inclinados a fazer compras de grandes valores, e um crescimento moderado nas vendas, de 1,1%, é esperado para os varejistas neste ano.

Para a GfK, os consumidores alemães começaram 2013 com um espírito positivo: todos os indicadores de clima de consumo elaborados pela empresa estão em uma tendência altista neste início de ano. Apesar da queda do ritmo da economia no final de 2012, parece que, para os consumidores, o ponto de inflexão já foi alcançado. As expectativas econômicas dos compradores estão melhorando, posicionamento compartilhado pelos empresários e homens de negócios, como demonstrado pelos últimos índices de Clima de Negócios do Instituto Ifo e de Sentimento Econômico do Instituto ZEW, que cresceram, ambos, pela terceira vez seguida.

Animados pela situação positiva no mercado de trabalho – o nível médio de desemprego em 2012, de 2,9 milhões de pessoas, foi o menor desde 1991 –, os consumidores alemães esperam que seus ganhos cresçam no futuro próximo. Essa situação percebida como estável em relação ao emprego está dando a eles a necessária segurança de planejamento para fazer compras maiores.

Ao mesmo tempo – destaca a GfK –, a poupança e as taxas de juros de empréstimos estão em baixa recorde. Isso está beneficiando, acima de tudo, o setor imobiliário, que está provando ser um porto seguro no qual os consumidores podem investir suas economias. De acordo com uma estimativa do Instituto Ifo, o número de casas concluídas aumentou cerca de 17% no ano passado, enquanto que dados da GfK atestam um crescimento de 7% nos gastos com reformas. Por fim, para a companhia de pesquisas de mercado, a preocupação com o futuro do euro também está estimulando esta tendência. Os antes “poupadores impelidos pelo medo” viraram “consumidores impelidos pelo medo”.

CCommons/flickr/polycart
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