BRIC está mais independente, segundo estudo

Em um estudo publicado recentemente pelo Deutsche Bank, o economista Markus Jaeger constatou que os países emergentes, principalmente os membros do BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), estão cada vez mais independentes economicamente do G-3 (Estados Unidos, Japão e Alemanha).


Para ele, antes a interação entre os dois grupos era considerada unilateral – “caso um dos países desenvolvidos espirrasse, a gripe chegaria com força aos países emergentes, hoje essa premissa já não vale mais”, afirma. A China e a Índia, por exemplo, durante a crise financeira de 2009, cresceram 9,3% e 7,4%, respectivamente, ajudando países como a Alemanha a se recuperarem mais rápido.


Segundo estudo da Organização para Cooperação Econômica e Desenvolvimento – OECD, até 2030 os países em desenvolvimento irão acumular cerca de 60% das riquezas mundiais. Já os países do BRIC serão responsáveis até 2015 por mais de 60% do Produto Interno Bruto (PIB) agregado do G-3, sendo que em 1990 essa fatia era de 10%.


A Alemanha é o país do grupo que atualmente mais depende dos BRICs. A receita gerada pelas exportações aos emergentes chega a 3% do PIB alemão, valor estimado em US$ 100 bilhões. Segundo Jaeger, a geografia tem influência no caso alemão, país que é dependente de recursos naturais e aproveita sua proximidade com a Rússia para importar matéria-prima e exportar a alta tecnologia.

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