Brasil vê desafios em acordo de livre comércio UE-EUA

O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Antonio Patriota, disse nesta segunda-feira (18) que é cedo para avaliar possíveis impactos de um acordo de livre comércio entre União Europeia e Estados Unidos. Ele afirmou que existe uma nova configuração de poder no mundo e lembrou que o Brasil tem se destacado nas relações entre os países da região denominada Sul-Sul.

“É prematuro falar qual exatamente pode ser o impacto, quando não se sabe como será a gênese desse acordo. De qualquer maneira, a política comercial de qualquer país é um processo dinâmico. O Brasil não se posicionará em desvantagem, na medida em que está sempre procurando vantagens na área do comércio exterior”, disse.

Na opinião de Patriota, os países que vão aderir ao acordo terão dificuldade para chegar a consenso sobre alguns pontos, como o que trata das tarifas praticadas em alguns setores. Pelas regras da Organização Mundial do Comércio, o acordo de livre comércio tem que contemplar todos os segmentos de comércio dos países integrantes. “Lá tem tarifas relativamente baixas e, talvez, não sejam complementares em áreas como agricultura. Existe grande dúvida sobre os subsídios à agricultura, se poderão ser desmantelados ou não”, disse Patriota.

Agência Brasil

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