Alemanha quer maior cooperação com emergentes


Em tempos de muitas transformações sociopolíticas e econômicas, novas potências globalizadoras se formaram. Pensando nisso, o governo alemão desenvolveu novas diretrizes para sua política externa, visando uma maior interação e cooperação entre a Alemanha e essas nações.



Trata-se do projeto "Moldar a Globalização – Ampliar Parcerias – Compartilhar Responsabilidades", apresentado pelo ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Guido Westerwelle, nesta quarta-feira (8) em Berlim, e aprovado pelo gabinete federal.



O novo conceito consiste de 70 páginas e estabelece os objetivos do país na política global, traz propostas concretas de cooperação para os governos das economias emergentes e ideias de como os ministérios federais alemães podem obter uma melhor coordenação, com mais coerência na política externa.



"O mundo está passando por uma mudança radical e nós também temos que nos ajustar a ela", afirmou Westerwelle, ressaltando também a importância da discussão sobre essas mudanças no mundo e consequentes oportunidades para a Alemanha. "Não se trata de colocar antigas amizades em questão, mas sim de reagir à transformação global", explicou.



Entre as novas potências alvos da política alemã – que são caracterizadas, por exemplo, por sua ascensão econômica e consequentemente crescente pretensões políticas -, está o Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), com os quais o país já mantém relações férteis.



O novo conceito foi desenvolvido em conjunto por diversos setores do Governo Federal, sob os auspícios do Ministério das Relações Exteriores, com participação de acadêmicos, representantes da indústria e de fundações políticas.

AHK/ Walter Campanato
AHK/ Walter Campanato