“Nosso negócio está no caminho certo” diz CEO global da Bayer, Werner Baumann

Foto: Werner Wenning (direita), Chairman of the Supervisory Board, e Werner Baumann, Chairman of the Board of Management of Bayer AG, se cumprimentam antes de começar a online 2020 Stockholders’ Meeting.

O Grupo Bayer pode olhar para trás em 2019 como um ano de sucesso, nos campos estratégico e operacional. “Nós trabalhamos duro e entregamos”, disse Werner Baumann, presidente do conselho de administração, nesta terça-feira, durante a primeira reunião virtual de acionistas realizada por uma empresa DAX.

Para os mais de 100 mil funcionários da Bayer, os últimos dois meses envolveram enormes desafios, disse ele. A saúde e segurança estão sempre no topo da agenda, observou Baumann. “Seja por meio da adoção de máscaras, roupas protetoras, regras de distanciamento, separação de funcionários que trabalham em turnos diferentes ou medição da temperatura das pessoas quando elas entram no local: nossa política é a segurança em primeiro lugar”. Baumann disse que está pessoalmente muito satisfeito com o fato de todas essas medidas se mostrarem eficazes e que, como resultado, a empresa está atualmente em condições de manter suas operações de produção nos trilhos. Ele explicou que, como a saúde e a nutrição contam entre as necessidades básicas da humanidade, a Bayer foi considerada um negócio essencial durante a pandemia.

A Bayer forneceu dispositivos de teste que estão sendo usados ​​para executar milhares de testes adicionais de coronavírus na Alemanha todos os dias, explicou Baumann. Em Berlim, a empresa concedeu licença a mais de 140 funcionários para que eles pudessem se voluntariar em um laboratório de testes localizado na sede da Divisão de Produtos Farmacêuticos, acrescentou. A empresa também está doando outros medicamentos e produtos de autocuidado, como antibióticos ou suplementos vitamínicos, em vários países. No Brasil, a empresa doou mais de 5 milhões de reais para apoiar o combate ao coronavirus.

Pandemia Covid-19

Baumann acredita que a crise causada pelo coronavírus justifica o caminho escolhido pela Bayer. “Temos sido assertivos nos negócios”, disse ele. “Afinal, o que poderia ser mais importante do que contribuir para a saúde e nutrição em todo o mundo?” A empresa também está em vias de implementar extensas medidas que o Conselho de Administração iniciou no final de 2018 e continua a prosseguir com vigor desde a Reunião Anual de Acionistas de 2019, disse Baumann. “Também levamos a sério os decepcionantes resultados da votação na Assembléia Geral Ordinária do ano passado. Entramos em diálogo próximo com os investidores, aceitamos as críticas expressas e trabalhamos para melhorar.”

A Bayer alcançou suas metas financeiras em 2019, apesar de encontrar um ambiente de mercado desafiador no setor agrícola, em particular, disse Baumann. As vendas aumentaram 3,5%, para 43,5 bilhões de euros, com base em moeda e carteira ajustada (ajuste cambial e portfólio). Em uma base relatada, as vendas aumentaram 18,5%. O EBITDA antes dos itens especiais avançou 28,3%, para 11,5 bilhões de euros – um recorde para a Bayer. O lucro por ação das operações contínuas aumentou 14,3%, para 6,40 euros.

A Bayer conseguiu implementar as medidas anunciadas referentes ao portfólio mais cedo do que o previsto – e obteve lucros atraentes com o desinvestimento. A empresa alienou sua participação no provedor de serviços do site Currenta e vendeu as marcas Dr. Scholl™ e Coppertone™. Além disso, a Bayer continua esperando que a venda de seus negócios de Saúde Animal para a Elanco seja concluída no meio deste ano. A Bayer também está fazendo um progresso mais rápido do que o esperado com suas medidas estruturais e de eficiência, com a empresa mirando contribuições anuais brutas de 2,6 bilhões de euros a partir de 2022. Esse número inclui as sinergias planejadas vindas da integração dos negócios agrícolas.

Um bom começo em 2020

As vendas do grupo no primeiro trimestre de 2020 aumentaram 6% em uma base ajustada para alterações cambiais e portfólio (FX & portfólio aj.) para 12,845 bilhões de euros. O EBITDA antes dos itens especiais aumentou 10,2%, para 4,391 bilhões de euros, e incluiu efeitos cambiais positivos de 41 milhões de euros. O EBIT avançou 40,4%, para 2.499 bilhões de euros, em parte devido a uma queda nos encargos especiais líquidos para 639 milhões de euros (primeiro trimestre de 2019: 1.043 bilhões de euros). Esses encargos especiais estavam relacionados principalmente a honorários legais, programas de reestruturação em andamento e a integração da Monsanto. O lucro líquido aumentou 20%, para 1.489 bilhões de euros, enquanto o lucro por ação das operações continua aumentou 9,9%, para 2,67 euros.

Impacto do COVID-19 nas perspectivas ainda sem comprovações confiáveis

Olhando para o futuro no contexto da pandemia de COVID-19, a empresa atualmente tem inúmeras incertezas a enfrentar, disse Baumann. “Nos próximos meses, será crucial mantermos nossas cadeias de suprimentos o mais resilientes possível e, assim, garantirmos ainda mais nossas operações comerciais”, disse ele. A previsão para o ano de 2020 publicada em fevereiro – antes do COVID-19 se transformar em uma pandemia – continua refletindo as metas da empresa, observou Baumann. “Não será possível avaliar com segurança os efeitos positivos e negativos até o final do ano”.