Startups Connected, os caminhos da Órbita

A Órbita é uma startup que desenvolve sistemas de reconhecimento de imagem para inspeção visual de qualidade industrial, utilizando visão computacional e machine learning para identificar produtos e processos não conformes.  

Começamos a discutir o conceito da nossa startup em 2015. Na época éramos em três pessoas, com empregos distintos e morando em cidades diferentes. Meu sócio, Mateus, trabalhava então na Ford em Camaçari e planejava voltar para Minas Gerais. Para conseguirmos conciliar esta nova ideia com nossos outros compromissos, começamos a conversar sobre o assunto pelo Skype, nos reunindo todas as terças, das 21 horas à meia-noite.

Sou engenheiro mecatrônico de formação, e pós-graduado em negócios, mas desde pequeno já empreendia vendendo latas de alumínio, chaveiros e iscas para pescaria. Quando iniciei a faculdade, já desejava empreender na área de tecnologia e engenharia.

Em 2016, definimos nossa marca e identidade e fomos para o mercado, apesar da nossa experiência industrial, ainda não tínhamos experiência na implementação de projetos como fornecedores. Além disso, todos ainda trabalhavam em seus respectivos empregos. Tivemos nosso primeiro cliente em abril e o tempo começou a ficar curto. Passamos em um processo de incubação no CEFET, no qual estudamos e tomamos a decisão de seguir com o projeto Órbita. A partir deste ponto, em agosto de 2016, eu e meu sócio, Mateus, saímos dos nossos empregos e passamos a nos dedicar apenas à Órbita, em Belo Horizonte.  

Em outubro de 2017, fomos selecionados para o Programa de Aceleração da Câmara Brasil-Alemanha. Por meio dele, a Órbita teve a oportunidade de receber investimento do BMG UpTech, braço do banco BMG, bem como uma mentoria de especialistas da Schuler, empresa detentora do desafio no qual fomos selecionados. Além disso, com a ajuda da consultoria TroposLab, pudemos estruturar nosso modelo de negócio e validar nossas hipóteses de mercado. Tanto a chancela de participação, quanto a conexão com o mercado, contribuíram muito para o nosso crescimento.

 Desde então, fomos selecionados para uma missão para Berlim, pelo programa StartOut Brasil do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), e para uma missão para o Japão. A experiência em ambos foi sensacional e o que ficou de aprendizado foi que precisamos pensar mais longe e em como posicionar a Órbita em um nível global. Vemos oportunidades para tentar entrar no mercado alemão, principalmente com soluções voltadas para o setor ferroviário com a Deutsche Bahn.

Atualmente, estamos crescendo horizontalmente com aplicações em outros setores industriais. Acabamos de receber uma segunda rodada de investimento e estamos ampliando nosso posicionamento e trazendo novos clientes. Por isso, nossos planos para o futuro envolvem tracionar nossa atuação no mercado nacional e exportar soluções para outros países.

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Leonardo Campos é Diretor de Operações da Órbita

Foto: sxc2