DIHK disponibiliza pesquisa sobre investimentos da indústria no exterior

Ashutterstock_163440176 DIHK (Confederação Alemã das Câmaras de Comércio e Indústria) espera que 2018 seja um ano recorde para o investimento alemão no exterior. As indústrias querem aumentar seus gastos com projetos de investimento no exterior. Mais de um terço das empresas que estão ativas em países estrangeiros, planeja elevar os orçamentos em relação ao ano anterior (36%, 2017: 33%). A DIHK conta com a criação de aproximadamente 200.000 empregos em função dos novos projetos de investimento das empresas alemãs no exterior neste ano. Até o final de 2018, cerca de 7,6 milhões de trabalhadores estarão empregados em empresas do exterior que tenham uma participação alemã. Grande parte disso na indústria, mas também nas áreas de comércio e de serviços.

A indústria alemã está expandindo a sua cadeia de valor internacional a partir de seu crescente engajamento com o exterior. Isto não ocorre em detrimento das matrizes alemãs – pelo contrário: no início de 2018, pela primeira vez em muito tempo, o investimento doméstico das empresas alemãs apresentou a mesma dinâmica dos investimentos realizados no exterior. Somente na indústria foram criados, portanto, cerca de 80.000 novos empregos em 2018, e para a economia como um todo a DIHK espera um acréscimo de mais de 600.000 vagas de emprego. Isso também acontece, pois por meio de investimentos no exterior empresas conseguem fortalecer a sua posição no mercado internacional o que leva a mais pedidos e o aumento da produção nacional.

Com uma economia dinâmica na Europa também aumentam os investimentos das empresas locais em filiais europeias. Quanto mais fortes as tendências protecionistas se tornam ao redor do mundo, mais a Europa ganha importância como plataforma de produção e vendas. 63% das empresas alemãs, que atuam no exterior, planejam investimentos na zona do euro, há dois anos eram apenas 55%. Também a Ásia, especialmente a China, está novamente em ascensão. Sinais conflitantes, no entanto, vêm do outro lado do Atlântico. Na América do Norte, menos empresas planejam se engajar em comparação a 2017 (35% depois de 37%). As empresas temem que as renegociações do NAFTA criem novas tensões nas cadeias de fornecimento regionais.

O aumento do grau de investimento das empresas alemãs no país e no exterior também pode ser confrontado com as críticas recorrentes ao superávit: boa parte do excedente, na forma de investimento no exterior, garante mais empregos em muitos países do mundo. Com os investimentos domésticos agora em alta, o superávit também deve ser reduzido no médio prazo. Neste ano, as importações estão crescendo pela segunda vez consecutiva de maneira mais expressiva do que as exportações.

Os investimentos na Alemanha podem ser ainda maiores. No entanto, a escassez de mão de obra cria um entrave para o aumento de capital no país. Também é uma das motivações crescentes para o investimento no exterior. Sete em cada dez indústrias com investimentos estrangeiros expansivos, consideram isso um risco para o desenvolvimento de seus negócios na Alemanha (67% depois de 45%). Além disso, os altos custos com mão de obra local e energia também são um incentivo para a produção no exterior (46 e 45%, respectivamente) – infelizmente às custas de mais investimentos na Alemanha.

Acesse a pesquisa completa pelo link: http://www.ahkbrasil.com/downloads/arquivos/DIHK_Auslandsinvestitionen_2018_-_link.pdf

 

Dr. Volker Treier é Diretor Executivo Adjunto da Confederação Alemã das Câmaras de Comércio e Indústria

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