Postos são os que mais contaminam solos

Com leis ainda recentes, pouca verba e estrutura deficiente, os órgãos públicos responsáveis pela descontaminação de solos no Brasil enfrentam dificuldades. “Faltam mecanismos de financiamento das ações e amadurecimento no campo da remediação dos passivos ambientais”, afirma o engenheiro Alfredo Carlos Rocca, gerente da Divisão de Áreas Contaminadas e Resíduos Sólidos da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb).


Parcerias


Rocca defendeu a necessidade de parceiras com universidades e empresas para melhorar as condições dos órgãos, durante um Workshop de Gerenciamento de Áreas Contaminadas, realizado pela Câmara de Comércio Brasil-Alemanha e pelo Centro Helmholtz para Pesquisas Ambientais – UFZ (Helmholtz-Zentrum für Umweltforschung), da Alemanha, juntamente com o Centro Alemão de Inovação e Ciência e a Associação de Engenheiros Brasil-Alemanha (VDI-Brasil).


Motivadores


Ainda assim, São Paulo é referência para os demais estados brasileiros e vem apresentando evoluções, como a Lei Estadual de Áreas Contaminadas, de 2007. Segundo a Cetesb, em 2008, 182 áreas foram reabilitadas, passando para 929 no ano seguinte. Mas as contaminações também cresceram – em 2002, eram 255, passando para 2.903 em 2009.


Os principais responsáveis pela contaminação do solo em São Paulo, no ano passado, foram os postos de combustíveis (75%), seguidos pela indústria (13%). A Região Metropolitana, a Baixada Santista e a região de Campinas são as mais afetadas.

SXC
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