Grupo de profissionais da indústria realiza 1º intercâmbio de experiências

reuniao 2Profissionais das áreas de Engenharia, Manutenção e Facilities possuem grande influência nas decisões relacionadas aos investimentos, além de serem os responsáveis pela definição dos orçamentos operacionais no segmento industrial e, ao mesmo tempo, possuem pouca ou nenhuma oportunidade de interagir com seus pares em outras empresas. Motivados por essa percepção, profissionais dessas áreas de empresas associadas à Câmara Brasil-Alemanha criaram o Grupo de Intercâmbio de Experiência de Engenharia, Manutenção e Facilities (“GIE de EMF”).

Segundo Antônio Frazão, executivo da RIDARP Construções Ltda. e coordenador do GIE de EMF: “Como premissa, pretendemos aproximar esses profissionais, promover e estimular o networking, troca de experiências, trazer conteúdo novo e relevante. Para isso, serão organizados ao longo do ano palestras, debates, visitas às empresas, apresentações de cases, entre outros”.

No início do mês de agosto deste ano, vários executivos participaram do 1º Encontro do GIE de EMF, que teve como pauta assuntos relacionados à cadeia de produção, consumo, eficiência e produtividade na era da Indústria 4.0. Na ocasião, estiveram presentes os palestrantes Paulo de Tarso, diretor da THE – Arquitetura e Design, e Antônio Panicali, diretor da PROELCO Consultoria.

Tarso abordou, em um primeiro momento, questões relacionadas ao “ambiente de trabalho” e o impacto da arquitetura para o colaborador. De acordo com o diretor da THE – Arquitetura e Design, o local é onde passamos ao menos 1/3 do nosso tempo. O ambiente está sujeito a interferências e características próprias. Diferentemente do que se pensa, o local de trabalho não é um espaço neutro, e ruídos, temperatura, iluminação, CO2 e interferências eletromagnéticas podem influenciar no desempenho dos funcionários. Na sequência, Tarso focou nas transições que enfrentaremos com a chegada da Indústria 4.0 e abriu uma discussão em relação aos seus possíveis impactos.

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Já a palestra do Antônio Panicali abordou os aspectos do Ambiente Eletromagnético x IoT (Internet of Things) e a Indústria 4.0. Assim como as pessoas, as máquinas são influenciadas pelo ambiente em que trabalham. Os parâmetros, nesse caso, são outros, mas as consequências em termos de perda de eficiência, rendimento e qualidade de vida podem ser igualmente frustrantes.

No passado, a queda de um raio em uma edificação raramente interromperia os elevadores com ascensoristas humanos; hoje, em casos extremos, pode representar a paralisação de todo um edifício de escritórios. Na era da IoT e da Indústria 4.0, a adequação ao ambiente eletromagnético radiado e conduzido se torna fundamental: por exemplo, campos eletromagnéticos, gerados a partir de milhares de antenas transmissoras instaladas no topo de edificações da Avenida Paulista, já resultaram em graves falhas no sistema operacional de grande banco, assim como um simples forno de microondas já levou a paralisação, temporária, de toda uma linha de metrô.

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“O Brasil precisa tomar consciência dos enormes desafios que tem pela frente. A indústria é uma das mais importantes provedoras de riquezas de um pais. É preciso mais que boa vontade para superar a situação na qual nos encontramos. São necessários investimentos, visão de futuro e, sobretudo, base humana para isso. Os encontros do GIE de EMF, certamente serão mais uma opção de observação e foco no principal ator desse processo: A indústria”, afirma Tarso.

Foto: Shuttestock