Dia da Engenharia Alemã

“Este é o início de um trabalho de troca de experiências, conhecimento e informações”, afirmou Murilo Celso de Campos Pinheiro, Presidente do Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo (SEESP), na abertura do “Dia da Engenharia Alemã”. Realizado no final de outubro, em São Paulo, pela Associação de Engenheiros Brasil-Alemanha (VDI) em parceria com o Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo (SEESP) e a Câmara Brasil-Alemanha de São Paulo, o evento, organizado em forma de seminário, atraiu mais de 200 profissionais do setor.


Para Edgar Horny, Presidente da VDI-Brasil, o objetivo da comemoração foi “destacar o trabalho da engenharia alemã e colaborar para o fortalecimento da internacionalização das organizações brasileiras da categoria.” Tradição – No campo da engenharia e da tecnologia, a parceria entre brasileiros e alemães tem tradição e já rendeu bons frutos. No século XIX, engenheiros germânicos foram responsáveis pela construção das primeiras estradas e rodovias no Brasil. Atualmente, as turbinas e os rotores das maiores usinas hidrelétricas do País e os motores flex fuel que equipam a frota nacional são exemplos desse trabalho. Mas há ainda muito a ser feito.


Os projetos de infraestrutura do Programa de Aceleramento do Crescimento (PAC), a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016 representam demandas e desafios para os quais a engenharia alemã poderá contribuir com soluções inovadoras. País da inovação – De acordo com o Cônsul-Geral da Alemanha São Paulo, Dr.Heinz-Peter Behr, “a Alemanha é um país de idéias, de inovação e de comprovada capacidade tecnológica”. Nos últimos 25 anos, 22 alemães conquistaram um Prêmio Nobel, e se houvesse prêmios Nobel de engenharia, “a Alemanha teria um saldo ainda maior”, declarou o diplomata.


O país destina 2,5% do seu PIB, o que equivale aproximadamente a € 60 bilhões, ao fomento da pesquisa. Uma intrincada estrutura, que liga ministérios federais, com secretarias de Estado e institutos fomenta a pesquisa básica. Muitos desses institutos, de acordo com o Dr. Bertram Heinze, Diretor do Centro Alemão de Inovação e Ciência em São Paulo, têm parceria com entidades e universidades brasileiras. Estudos e carreira – Jovens brasileiros têm a possibilidade de estudar engenharia na Alemanha.


A trajetória é difícil, mas não impossível, como demonstrou Christian Müller, Vice-Presidente da B. Grob. Um bom conhecimento da língua alemã e o correspondente alemão do certificado de conclusão do ensino médio são alguns dos pré-requisitos. Superados esses desafios, o candidato terá de enfrentar cinco anos de estudos puxados. Mas, os resultados podem compensar: carreira internacional, cargos de alto escalão e um salário compensador. Pelo menos esse é pensamento de parte dos 2.000 brasileiros que anualmente freqüentam cursos universitários nas mais diferentes áreas de engenharia na Alemanha.

Max Carnage/Stock.xchng
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